quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Princípios da Educação Neo-Humanista


"São educados aqueles que aprenderam muito, lembraram muito e fizeram uso de seu conhecimento na vida diária.
Ás suas virtudes eu chamo educação."
(
P.R.Sarkar)

A filosofia da educação reconhece, sobretudo a importância da aprendizagem do Respeito e do Amor. A isto chama-se Neo-Humanismo. O Neo-Humanismo expande a filosofia implícita no humanismo para abranger com Amor toda a Criação e compreender a inter-relacção de todas as coisas.

As crianças são estimuladas para que aprofundem e estendam sua preocupação não somente para o bem estar dos seres humanos, mas também para de outros seres vivos, por exemplo as plantas e os animais. As crianças veêm o universo como um todo integrado com todos os fenômenos correlacionados e interdependentes.


A educação Neo-Humanista baseia-se em 10 princípios que norteiam todo trabalho:

1- Despertar a sede e a curiosidade pelo conhecimento e desenvolvimento de toda a personalidade humana;

2- Educação baseada na Ética;

3- O despertar da Consciência Espiritual;

4- Enfoque integrador da Aprendizagem;

5- Cultivo da Estética em todas as disciplinas;

6- Valorização da Cultura própria e da de outros lugares;

7- Uma nova consciência do Meio-Ambiente;

8- O Educador como exemplo;

9- O Espírito do Serviço;

10- Expansão da Consciência Social e do sentido de Justiça.


mais em: http://gts.amps.org/portoalegre/escolasnh/princips.htm

http://neohumanista.blogspot.com/2008/04/neo-humanismo.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Prabhat_Ranjan_Sarkar

imagem: http://www.dolphinscommunications.com/o-large-hadron-collider/


Meditar . Osho

"O que é Meditar?
Meditação é aventura, a maior aventura que a mente humana pode empreender.

Meditação é simplesmente ser, sem fazer nada - nenhuma acção, nenhum pensamento, nenhuma emoção. Você apenas é, e é puro prazer. De onde vem esse profundo prazer, quando você não está a fazer nada? Não vem de lugar nenhum, ou vem de toda parte. Ele é não-motivado, porque a existência é feita de uma matéria chamada alegria.

Quando você não está a fazer absolutamente nada - corporalmente, mentalmente, em nenhum nível - quando toda a actividade cessou e você simplesmente é, apenas sendo, isso é meditação. Você não pode fazê-la, você não pode praticá-la: você tem apenas que compreendê-la.

Sempre que encontrar tempo para apenas ser, abandone todo o fazer. Pensar também é um fazer, concentração também é um fazer, contemplação também é um fazer. Mesmo que apenas por um único momento fique sem fazer nada, simplesmente permanecendo no seu centro, totalmente relaxado - isso é meditação. E uma vez que tenha descoberto o jeito,pode permanecer nesse estado tanto tempo quanto quiser; finalmente poderá permanecer nesse estado durante as vinte e quatro horas do dia.

Existe apenas um passo, e esse passo é de direcção, de dimensão.
Ou podemos estar focados no exterior, ou podemos fechar os olhos para o exterior e deixar toda a nossa consciência ficar centrada para dentro - e você saberá, porque é um conhecedor, você é consciência. Você nunca a perdeu. Simplesmente deixou a sua consciência emaranhar-se em mil e uma coisas. Retire a sua consciência de todos os lugares e deixe-a apenas descansar dentro de si, e você chegou a casa.

O âmago essencial, o espírito da meditação, é aprender como testemunhar.

A gralha a cantar... você está a ouvir. São dois elementos: objecto e sujeito. Mas você não pode ver uma testemunha que está vendo ambos? - A gralha, o ouvinte, e ainda há alguém que está observando ambos. É um fenômeno tão simples!

Você está a ver uma árvore: você está aí, a árvore está aí, mas será que você não pode encontrar mais alguma coisa? - que você está a ver a árvore e que há uma testemunha em você que está a ver você a ver a árvore.

Observação é Meditação. O que você observa é irrelevante. Você pode observar as árvores, pode observar o rio, pode observar as nuvens, pode observar as crianças brincando. Observação é meditação. O que você observa não é a questão; o objecto não é a questão.

A qualidade da observação, a qualidade de estar consciente, alerta - é isso o que é meditação.

Lembre-se de uma coisa: Meditação significa Consciência. O que quer que você faça com consciência é meditação. A acção não é a questão, mas a qualidade que você traz para a acção. O caminhar pode ser uma meditação, se você caminha alerta. Sentar-se pode ser uma meditação, se você se senta alerta. Ouvir os pássaros pode ser uma meditação, se você ouve com consciência. Simplesmente ouvir o barulho interior da sua mente pode ser uma meditação, se você permanece alerta e observador.

A questão toda resume-se em não mover-se adormecido. Então o que quer que você faça é meditação.

O primeiro passo para a consciência é tornar-se muito atento ao seu corpo. Pouco a pouco, a pessoa vai se tomando alerta para cada gesto, cada movimento. E, à medida que se vai tomando consciente, um milagre começa a acontecer: muitas coisas que você costumava fazer antes, simplesmente desaparecem; seu corpo torna-se mais relaxado, o seu corpo torna-se mais harmonizado. Uma paz profunda começa a prevalecer até mesmo no seu corpo, uma música sutil pulsa no seu corpo.

Então, comece a tornar-se consciente dos seus pensamentos; o mesmo tem que ser feito com os pensamentos. Eles são mais subtis do que o corpo e, naturalmente, mais perigosos também. E quando você se toma consciente dos seus pensamentos, você fica surpreso com o que se passa dentro de si. Se anotar o que quer que passe em sua mente em qualquer momento, nem pode imaginar que grande surpresa o espera. Você não acreditará que tudo isso está se passando dentro de si...

E depois de dez minutos leia - verá a mente louca que existe dentro de si! Porque você não está alerta, toda esta loucura continua movendo-se como uma corrente subterrânea. Ela afecta o que quer que esteja a fazer, afecta o que quer que você não esteja a fazer; afecta tudo. E a soma total vai ser a sua vida!. Assim sendo, esse homem louco tem que ser transformado. E o milagre da consciência é que você não precisa fazer nada excepto apenas tomar-se alerta.

O próprio fenômeno de observar a mente, a transforma. Pouco a pouco o homem louco desaparece, pouco a pouco os pensamentos começam a cair num certo padrão; seu caos deixa de existir, eles se tomam mais como um cosmo. E então, novamente, prevalece uma profunda paz. E quando o seu corpo e a sua mente estiverem em paz, verá que eles estão sintonizados um com o outro, há uma ponte. Agora eles não se movem em direcções diferentes, eles não estão a galopar em cavalos diferentes. Pela primeira vez há acordo, e esse acordo ajuda tremendamente a trabalhar o terceiro passo que é tomar-se consciente dos seus sentimentos, emoções, humores.

Esta é a camada mais subtil e a mais difícil, mas se você pode estar consciente dos pensamentos, então basta apenas mais um passo. Uma consciência um pouco mais intensa é necessária e você começa a reflectir os seus humores, as suas emoções, os seus sentimentos. Uma vez que ganhou consciência em todos esses três passos, eles se juntam todos num fenômeno. E quando todos esses três são um - funcionando juntos perfeitamente, zunindo juntos, você pode sentir a música de todos os três; eles se tomam uma orquestra - então o quarto, aquilo que você não pode fazer, acontece. Acontece por sua própria conta. É um presente do todo, é uma recompensa para aqueles que passaram por estes três.

E o quarto é a consciência definitiva, que o torna a pessoa acordada. Ela toma-se consciente da própria consciência - este é o quarto. Este cria um buda, o acordado. E somente neste acordar é que se vem a conhecer o que é o êxtase.

O corpo conhece o prazer, a mente conhece a felicidade, o coração conhece a alegria, o quarto conhece o êxtase. O êxtase é o objetivo do sannyas, de se tomar um buscador, e a consciência é o caminho para ele.

A coisa importante é que você seja observador, que você não se tenha esquecido de observar que você está a observar ... a observar .... a observar. E pouco a pouco, à medida que o observador se toma mais e mais sólido, estável, seguro, uma transformação acontece. As coisas que você esteve a observar desaparecem.

Pela primeira vez, o próprio vigia se toma o vigiado, o próprio observador se toma o observado. Você chegou em casa.

Osho

de: Meditação, a Primeira e Última Liberdade; cap. I

Livros

  • Lista de Livros
  • A Astrologia nos 12 poemas de "Mar Português"
  • Italo Calvino - As Cidades Invisíveis
  • Osho - Meditação: a Arte do Êxtase
  • Osho - Amor, Liberdade e Soldão
  • Eckhart Tolle - O Poder do Agora

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